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O QUE É O PRÉ-UNIVERSITÁRIO POPULAR PRÁXIS?


O Pré-Universitário Popular Práxis é um projeto de extensão da Universidade Federal Fluminense (UFF), localizado na Avenida Visconde do Rio Branco, s/n, Instituto de Biologia (antigo prédio da Física), Campus do Valonguinho- UFF, Centro, Niterói. É destinado a atender a população de baixa renda na busca por uma vaga na universidade pública. São ministradas aulas de diversas disciplinas com professores altamente qualificados, apresentando todo o conteúdo exigido pelo vestibular, com aulas regulares, monitorias, projeto para matérias específicas e trabalhos de campo. O Práxis é um curso gratuito, em que é cobrada apenas a matrícula no valor de 60 reais referente aos gastos com o material didático. É necessário passar pelo processo seletivo que é composto por: inscrição, análise sócio-econômica e prova (redação e matemática).


CARACTERÍSTICAS DO PROJETO
O projeto não se limita ao objetivo de aprovação no vestibular de estudantes de baixa renda, mas sim de desenvolver uma ação coordenada de produção de conhecimento crítico. Esta tarefa é árdua num espaço em que a grande maioria dos estudantes é trabalhadora e possui dificuldades financeiras para se manter no curso. Esta é, no entanto, a nossa tarefa. A dificuldade dos estudantes que participam do projeto é outro ponto importante. Muitos tiveram um ensino de qualidade ruim ou mesmo passaram um longo período sem estudar. Tendo em vista este perfil, o projeto apresenta ações pedagógicas nos seguintes âmbito:

Trabalhos de campo

São de fundamental importância ações coordenadas utilizando diversos recursos didáticos não apenas em sala de aula, mas em outros espaços, de modo que seja possível ampliar as possibilidades de aprendizado. Os trabalhos de campo são centrais neste processo, relacionando o conteúdo de vestibular com o conhecimento cristalizado na realidade concreta, o que torna o aprendizado mais efetivo.

Oficinas e Palestras

São atividades desenvolvidas dentro da grade de aulas do Práxis voltadas para trabalhar temas específicos de forma interdisciplinar e utilizando, prioritariamente, mídias alternativas (filmes, dinâmicas, experimentos etc). Oficinas de Cidadania, por exemplo, são recursos importantes para desenvolver o conteúdo e aprofundar o debate sobre temas polêmicos relacionados a uma conjuntura, que apesar de imediata, possui grande importância para a sociedade, gerando debates que possuem conseqüências sociais, políticas, e, inclusive, implicações sobre o vestibular. É neste processo que o estudante constrói seus referencias de cidadania e de postura crítica, relacionando o conhecimento não apenas ao vestibular, mas com a realidade social.

Participação coletiva nas decisões

A Participação de todos (estudantes, coordenadores e professores) nas decisões organizativas, administrativas, pedagógicas e políticas do Práxis é um elemento de importância pedagógica. Ainda que haja formas distintas de participação dos 3 segmentos do projeto: as assembléias de estudantes, reuniões de professores e coordenadores são espaços de divisão de tarefas, debates sobre dilemas cotidianos e participação política do Práxis. A atuação em espaços mais amplos, como Fórum de Pré-Universitários Populares, por exemplo, e mesmo a organização e funcionamento internos do Práxis são entendidos oportunidades de participação coletiva e de aprendizado.


Conteúdo relacionado à experiência dos estudantes.

Uma orientação central para os coordenadores e professores é criar uma mediação entre o que apresentado como conteúdo do vestibular e as experiências cotidianas dos estudantes. As oficinas, trabalhos de campo e os trabalhos em sala de aula devem estar permeados pelos temas expressos no cotidiano dos estudantes. Temas como racismo, diversidade sexual, intolerância religiosa, opressão contra a mulher, meio ambiente, entre outros, devem ser encarados de frente pelas ações pedagógicas, de maneira que cada debate produzido ao longo das aulas seja um espaço de produção de conhecimento, livre expressão e respeito pela diversidade de opiniões.
Professores e coordenadores têm como tarefa articular o conteúdo de suas aulas com temas de relevância social, cultural e política, sem perder de vista os marcos gerais do vestibular. Que se garantam ações pedagógicas planejadas e articuladas interdisciplinarmente a partir das reuniões pedagógicas do Práxis.

Ampliação dos aportes culturais

O acesso dos estudantes de baixa renda aos meios de difusão cultural é bem restrito. Boa parte dos museus, teatros, shows, exposições de artes plásticas se localizam na Zona Sul e no Centro do Rio de Janeiro; os preços das atividades muitas vezes são caros (considerando o transporte, alimentação, entrada etc); os espaços muitas vezes não são simbolicamente atrativos aos estudantes, o que gera a necessidade de trabalhos prévios em sala orientando sobre a pertinência pedagógica e cultural de conhecer determinados espaços culturais.
A proposta de desenvolver trabalhos pedagógicos em espaços alternativos de difusão cultural deve ser encarada como um ato de enriquecimento de visão de mundo do estudante com a diversidade cultural da humanidade, o que não significa negar o acúmulo cultural de cada estudante. Na verdade a proposta é experimentar distintas culturas e entender historicamente a sua própria condição no mundo, observando a cultura popular e clássica como parte deste acúmulo construído pela humanidade que é permeado por disputas sociais e políticas sobre os referenciais culturais hegemônicos. Filmes, peças de teatro, livros, revistas, jornais, eventos artísticos devem fazem parte das nossas estratégias de ensino-aprendizagem. O caráter lúdico também é um facilitador para a compreensão de certos conteúdos que muitas vezes parecem monótonos à primeira vista.















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